Confira dicas de Domenique Soler Rodrigues, especialista da Wine para levar o volume de rótulos permitido em viagens aéreas, colocar adequadamente as garrafas na mala e ainda evitar dores de cabeça na alfândega
Com a chegada da hora de aproveitar o momento para fugir do cotidiano, viver novas experiências, explorar novos destinos e imergir em culturas diferentes, algumas informações são pertinentes. Viajar nos enriquece de conhecimentos e memórias que permanecem para toda a vida. Se você é apaixonado por vinhos e enoturismo, saiba o que pode e o que não deve ser feito.
Já está com a viagem marcada? Aproveite para experimentar a gastronomia local harmonizando pratos clássicos com vinhos da região. Peça recomendações nos restaurantes e se permita conhecer novos sabores. Busque também por vinícolas e vinhedos próximos nos sites da prefeitura ou de regiões consagradas. Nos sites ou redes sociais das vinícolas você pode conferir se estão abertos a visitas e degustações.
Adquirir os rótulos descobertos durante uma viagem permite reviver esse momento incrível posteriormente ou pode ser uma maneira afetiva de presentear pessoas queridas.
“Vinhos sempre oferecem lembranças ótimas dessas oportunidades de lazer, mas, para evitar transtornos em sua volta para casa, há alguns cuidados especiais para o transporte de vinhos em voos, por exemplo”, diz Domenique Soler Rodrigues, especialista da Wine, maior clube de assinatura de vinhos do mundo e líder no ranking de importação do Brasil.
Se você é apaixonado por vinhos, confira algumas dicas antes de viajar.
1 – As regras à bordo
Você sabia que em voos internacionais é permitido transportar até 12 litros de bebida alcóolica? Isso equivale a 16 garrafas de vinho do tamanho padrão de 750ml em sua mala que será despachada. Essas garrafas podem ser compradas em adegas, fornecedores ou direto do produtor e precisam estar sem violação de lacre. Em malas de mão para voos internacionais, o permitido é de apenas 100 ml por frasco.
2 – Você não pode comprar tudo que quiser
Além de ter atenção ao volume máximo permitido, para não pagar taxas extras, a dica é respeitar a cota de compras isentas no exterior de até US$500 por pessoa. É importante também esquecer aquela vontade de comprar várias unidades iguais do vinho que você mais gosta para os amigos e familiares. Se você não variar os rótulos, a fiscalização pode especular que irá vender para obter lucro. Se tiverem essa suspeita, você pode perder a isenção de taxas. Caso tenha alguma dúvida, consulte o regimento próprio da companhia aérea e o site da receita federal.
3 – Dicas para colocar os vinhos na mala
Para começar, lembre-se de guardar sempre as notas fiscais de compra dos vinhos, caso seja necessário apresentá-las para a fiscalização. Além disso, elas podem ser úteis se a sua mala for extraviada e precisar acionar o seguro de viagem.
Outro ponto de atenção é na hora de proteger e acondicionar as garrafas na mala. Por segurança, vale posicionar as garrafas nas laterais da mala, evitando o contato direto uma com a outra.
Para deixá-las bem acomodadas, muita gente logo pensa em plástico bolha, porém, é melhor evitá-lo, pois não evitarão manchas nos outros itens da mala, se alguma garrafa se quebrar. Enrolar as garrafas em peças de roupa mais grossas como jeans e casacos pode ser também uma boa alternativa. Uma opção de fácil acesso e que funciona em viagens, é o uso de fraldas descartáveis para embalá-las, que são mais fácil de providenciar (e ainda garantem boas risadas!).
Se for possível, use uma jetbag de vinhos, aquelas bolsas pensadas especialmente para essas ocasiões e feitas com materiais bem resistentes. Há também malas especiais para o transporte de vinhos em viagens que podem ser adquiridas e até alugadas. Caso não tenha a oportunidade de providenciá-las, dê preferência a malas rígidas.
Vinhos seguros e devidamente despachados? É hora de voltar cheio de memórias e com a maravilhosa possibilidade de revisitar aquele país por meio de exemplares de terroirs únicos em cada garrafa que você sabiamente trouxe na mala!