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Luis Gustavo da Silva Buske vence concurso Melhor Sommelier do RS pelo segundo ano consecutivo

Três finalistas foram Marcelo dos Santos, Buske e Deisi da Costa, campeã em 2021 – Foto: Cleber Brauner


Final da competição promovida pela Associação Brasileira de Sommeliers (ABS-RS) ocorreu no último final de semana, em Bento Gonçalves. No mesmo dia foi realizada a 3ª Jornada do Sommelier, que debateu temas ligados à sustentabilidade no mundo do vinho

Luis Gustavo da Silva Buske foi escolhido o Melhor Sommelier do RS pela segunda vez seguida – Foto: Cleber Brauner

Tem bicampeão no concurso Melhor Sommelier do Rio Grande do Sul, promovido pela seccional gaúcha da Associação Brasileira de Sommeliers (ABS-RS). Luis Gustavo da Silva Buske conquistou o título pela segunda vez seguida, após a finalíssima que ocorreu no último sábado (3), no Hotel & Spa do Vinho, em Bento Gonçalves, e que também contou com um estreante em finais, Marcelo dos Santos, e com a campeão da primeira edição do certame, Deisi da Costa.  No mesmo dia foi realizada a 3ª Jornada do Sommelier, com assuntos relacionados à sustentabilidade da cadeia vitivinícola (leia mais abaixo) e a segunda feira de vinhos da ABS-RS.

Buske (32) atua há 8 anos no Restaurante Braziolli, de Gramado, na Serra Gaúcha. Segundo ele o que o motivou a voltar a concorrer foi se desafiar a evoluir ainda mais, e também se preparar para o concurso de Melhor Sommelier do Brasil que será realizado no segundo semestre.

“Esse prêmio serve como um estímulo para continuar estudando. Participo desde a primeira edição e a cada ano o nível está mais elevado. É sempre muito difícil administrar o tempo, sob pressão e exercer o serviço do vinho com os desafios que foram colocados”, resumiu.

O bicampeão iniciou a carreira como garçom e atualmente está na gerência do restaurante. Ele conta que faz parte do seu dia a dia a condução de um serviço formal, como é exigido no concurso, mas que os elementos-surpresas que foram colocados acabaram trazendo dificuldades extras na final.

“É importante que as empresas valorizem a profissão do Sommelier porque ela é fundamental para que se amplie a cultura do vinho no país. Com mais conhecimento teremos um mercado mais maduro em todas as pontas”, defendeu.

Antes de anunciar o vencedor, o presidente da ABS-RS, Júlio César Kunz, destacou a coragem dos finalistas em se colocarem à prova. Segundo ele, a profissão de Sommelier exige que os profissionais se exponham e quem ganham são os consumidores por contarem com um serviço com excelência cada vez maior.

Presidido por Mauricio Roloff (diretor da ABS-RS), o júri foi composto por Ricardo Morari (presidente da ABE), Patrícia Binz (ABS-RS); Angélica Brandalise (gestora do Sebrae RS), Marcelo Vargas (diretor da ABS-RS), Karina Licks Zini (gerente do Hotel e Spa do Vinho), Andreia Gentilini Milan (diretora da ABS-RS), Rodrigo Bellora (chef do Valle Rústico), Wallace Gonçalves (Melhor Sommelier do Brasil) de 2022), Lucia de León (INAVI), Jussara Konrad (gestora da Wine South America) , Michel Waller (jornalista), Júlio César Kunz (presidente da ABS-RS), Gladimir Zanella (SEGH) e Marcos Graciani (ABS-RS).

Jornada do Sommelier debateu temas ligados à sustentabilidade 

Terceira edição da Jornada do Sommelier trouxe cases de sustentabilidade e debates sobre o futuro da vitivinicultura mundial – Foto: Cleber Brauner

Assumindo um protagonismo em assuntos que tem sido discutidos e que afetam todo o setor vinícola brasileiro, a ABS-RS promoveu a 3ª Jornada do Sommelier. Temas como governança e compliance e ESG, alçados à pauta nacional nos últimos meses, foram expostos por representantes brasileiros e estrangeiros, com exemplos, projetos que estão sendo desenvolvidos e metas para os próximos anos.

Abrindo o painel “Equidade no vinho: boas práticas do vinhedo à taça”, Erica Taylor, diretora geral da South African Sommeliers Association (SASA), fez um resgate histórico da vitivinicultura do país, que passou por desafios como o Apartheid, crises hídricas e a própria pandemia que aceleraram a busca por um modelo de produção sustentável. Erica abordou as certificações que ajudam a conciliar os cuidados com o meio ambiente associadas ao foco na produção de vinhos premium.

“Hoje temos cerca de 45% dos vinhedos qualificados para receber as certificações de sustentabilidade no país. Não há como ter acesso e conquistar mercados premium, como a Europa, sem uma agenda ESG robusta”, detalhou.

O gerente Geral de Marketing e Vendas da Cooperativa Vinícola Aurora, Rodrigo Valerio, mostrou de que forma a empresa vem trabalhando no que chamou de “jornada de transformação”. Valerio destacou os pilares de boas práticas agrícolas e trabalhistas, ESG e de compliance e governança.

Deborah Villas-Bôas Dadalt, diretora do Spa do Vinho, apresentou algumas das características que fazem do Vale dos Vinhedos um dos 10 principais destinos enoturísticos do mundo. Deborah reforçou que a identidade é fundamental no chamado turismo do vinho, para que as pessoas associem as empresas que fazem parte de uma região com o destino turístico.

Eleito o Melhor Sommelier do Brasil em 2022, Wallace Gonçalves Neves compartilhou com o público os desafios da profissão que precisam acompanhar as mudanças de mercado e de perfil de consumidor. Neves afirmou que além de auxiliar na escolha dos vinhos e nas sugestões de harmonizações, por exemplo, o Sommelier acaba fazendo o papel de Relações Públicas do estabelecimento, já que é, muitas vezes, o profissional que tem um contato mais próximo ao cliente.

No painel “Vitivinicultura Sustentável: o Caminho para um Futuro Responsável”, Lucia Bentancor de León, inspetora do Instituto Nacional de Vitivinicultura do Uruguai (INAVI), detalhou de que forma o país vem trabalhando no fomento à produção sustentável desde 2018 e que deverá certificar todas as vinícolas até o próximo ano. Ela informou que o próprio INAVI subsidia com US$ 750 propriedades de até 5 hectares e com US$ 1 mil para vinhedos acima de 50 ha.

“Esse trabalho de certificação está alicerçado em promover segurança alimentar, responsabilidade social e sustentabilidade ambiental e econômica. Um dos focos é reduzir o impacto da produção de uvas ao meio ambiente, além de atender às exigências que o próprio mercado vem tomando quanto às práticas agrícolas”, contextualizou.

Philippe Mevel, diretor de produção da Chandon do Brasil e Giovanni Ferrari, enólogo e proprietário da Vinícola Arte Viva, demonstraram de que forma as empresas, de diferentes portes, estão conectadas com os processos de sustentabilidade que o mundo exige.

O painel ainda foi comentado por Ricardo Morari, presidente da Associação Brasileira de Enologia (ABE) e Rodrigo Bellora, chef e proprietário do restaurante Valle Rústico.

 

Divulgação: M Comunicação

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