
Era para ser uma reforma comum. Acabou se tornando o renascimento de uma uva tida como extinta — e o nascimento de um dos grandes brancos de Portugal.
Antes de fazer vinho, André Manz foi jogador de futebol profissional no Brasil. Depois, virou empresário.
E foi já em Portugal, ao comprar uma antiga academia na vila de Cheleiros, ao norte de Lisboa, que sua história tomou outro rumo.
Durante a reforma do imóvel, um funcionário perguntou: “As vinhas que estão ali, é pra arrancar?”
Manz, curioso, quis saber que uvas eram aquelas. Ninguém sabia. Nem técnicos, nem laboratório.
Até que, mergulhando em registros históricos, veio a descoberta: era a Jampal, uma uva branca portuguesa tida como extinta havia décadas.
Em vez de arrancar, ele decidiu preservar. Replantou, estudou, vinificou. E criou o branco que hoje dá fama à vinícola: o Manz Dona Fátima 2022.
Foi eleito um dos 10 melhores vinhos do mundo pela crítica Elin McCoy (Bloomberg), listado no livro 100 Grandes Vinhos de Portugal, por Maria João Almeida, e comparado a um “delicado Gewürz” por Julia Harding.
Os motivos não se limitam à sua escassez e raridade.
Em taça, o visual já encanta: amarelo-palha luminoso, quase dourado, enquanto o nariz é invadido por notas frescas de carambola madura, limão-siciliano e um toque vegetal delicado, que lembra folha de figo e chá-verde.
Basta o primeiro gole para a acidez tomar conta da boca com elegância. É viva, precisa, deliciosa. Vem acompanhada de sabores de pera verde, casca de limão, pedra molhada e uma salinidade que faz salivar.
A textura é firme, atlântica. O final é longo, persistente, com uma vibração mineral que remete aos grandes brancos do Loire — e até a um Chablis, com mais fruta e luz do sol.
Um branco cheio de personalidade e história, que hoje oferecemos ao mercado.
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