Feira de bebidas traz pluralidade de produtos e ingredientes reunindo profissionais de todas as frentes, dos bares aos restaurantes e hotéis
Quando o BCB São Paulo, feira de bebidas que é sucesso na Europa, Estados Unidos e agora no Brasil, abriu as portas do Pavilhão do Ibirapuera nesta segunda (5), público e organização tiveram a mesma certeza: o espaço é para todos os profissionais do setor. Isso não só pela impressão visual, mas pela pluralidade de expositores, produtos e soluções que ratificam um movimento que cresce com força: a democratização da coquetelaria.
Esse conceito de democratização passa por maior alcance, variedade e acesso. Ou seja, a coquetelaria chegar a mais lugares, com produtos que atendam diferentes gostos e que seu consumo seja viável para um número cada vez maior de pessoas. “Esse é justamente o papel do BCB. Além de celebrar a coquetelaria, apresentar recursos e conectar fornecedores para evolução do setor, o que beneficia os consumidores na ponta”, diz Daniel Pereira, gerente do BCB São Paulo.
A questão do preço
Um exemplo deste cenário é a San Basile, destilaria que nasceu junto com a primeira edição do BCB São Paulo, em 2019. Em relação ao acesso, de modo geral, Renato Chiappetta, CEO da marca, lembra que muitos drinks levam produtos caros na receita, mas que já existem alternativas. “Temos licores disponíveis por pouco mais de R$ 100 e que são equivalentes a outros produzidos em mosteiros na França e que custam mais de R$ 700. Em um cenário de ingredientes com preços elevados, o bartender não se arrisca e o público fica limitado, já que nem todos podem pagar por um coquetel de R$ 90 ou mais”, diz o executivo.
Democratizar é escolher
Para se ter uma ideia da amplitude do universo de coquetelaria, alguns tipos de bebida representados são: cachaça, conhaque, cerveja, gin, licor, rum, saquê, tequila, vodka e whisky. Entre os expositores, marcas como Diageo, Campari, Bacardi, Brown-Forman, Beam Suntory, que também são patrocinadores, e outras como Ambev, Kalvelage, Azuma Sake, Aurora Fine Brands e Underberg, todas focadas em negócios e relacionamento.
Para o visitante Leandro Vilela, empresário, dono de destilaria no Espírito Santo, essa pluralidade é extremamente importante para o movimento de democratização. “É bom para os fabricantes, porque incentiva a criação de novas bebidas; para os bartenders, já que inspira criatividade e ousadia; e, claro, para o público. Vou levar várias experiências do BCB para casa, principalmente o contato com as marcas maiores, e o que posso usar para melhorar meu produto e para crescimento do mercado como um todo”, diz.
O primeiro dia de BCB São Paulo também contou com diversas palestras na Arena de Conteúdo e no Bar Mentoring. Entre os temas, “Da imaginação ao copo: o papel do processo criativo”, “A cultura etílica e culinária da América Latina pela ótica brasileira”. Na terça (6) tem mais. As apresentações passarão por abordagens como “Saúde física e mental nos ambientes de bares”, “Harmonizações” e “Como o consumo responsável de álcool pode ser um aliado para o seu negócio”. Além disso, está confirmada a final do Concurso Rabo de Galo, competição com releituras de um dos drinques brasileiros mais tradicionais.
Mais informações e inscrições em: www.barconventsaopaulo.com.br.
FOTOS DO 1º DIA